quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cães exigentes na hora de comer.




         Quem nunca ouviu ou até mesmo falou: “Meu cachorro enjoa da ração e tenho que ficar sempre trocando.” Conheço muitos proprietários que relatam ter esse problema, estressando tanto o dono quanto o animal.

         As pessoas desconhecem a informação de que os pets não sentem necessidade de alterar o cardápio e nem é saudável para eles essas mudanças constantes. Trocar frequentemente o sabor e a marca da ração é um comportamento típico do dono, imaginando que seu cãozinho necessita sempre variar de ração.

         Quando o dono troca a ração o cão certamente vai se interessar mais pela novidade do sabor e cheiro. Esse período dura alguns dias e semanas podendo fazer o cão comer mais do que estava acostumado. Porém depois desse tempo o cão volta a comer normalmente a mesma quantidade de antes, causando a ilusão que enjoou da ração.

         Já na primeira mudança de ração o dono estará condicionando o cão a sempre exigir algo novo como recompensa para esse comportamento de não comer a ração antiga. Com o passar do tempo esses cachorro ficará muito exigente e seletivo.


Nesse caso qual atitude tomar?

1-  Primeiramente o dono deve entender e reconhecer que o cão criou esse hábito seletivo pela forma como foi educado.
2-  Não ceder se o cão se recusar a comer a ração.
3-  Ter paciência com o cão para ele se adaptar a nova rotina.
4-  Oferecer alimentos com palatabilidade alta, utilizar de rações fabricadas com fontes nobres, ou seja, bem nutritivas.
5-  Colocar a vasilha de refeição do seu cão longe de onde ele faz suas necessidades.
6-  Manter uma rotina fixa de horários para as refeições. Cães adultos comem 2 vezes ao dia. Após oferecer comida ao cão é ideal esperar 20 minutos para retirar o comedouro, mesmo se houver sobras, retornando com ele somente na próxima refeição. Deixar a ração exposta faz com que ela perca sua palatabilidade e nutrientes.
7-  Se em 20 minutos seu cão não comeu nada, ou comeu pouco, não diga nada e simplesmente retire a ração retornando somente no próximo horário de refeição. Em alguns dias ele irá entender sobre a rotina de horários.
8-  Jamais obrigue o cão a comer. Coloque o pote de ração para ele e não fique falando e insistindo com o cão. Essa insistência só piora o quadro.
9-  Uma dica interessante é molhar sua mão na água e misturar a ração com sua mão molhada. Pelo fato do seu cheiro ficar na comida o cão sentirá mais atraído.
10-                    Espere o cão terminar de comer para dar carinho e atenção a ele.
11-                    No decorrer do dia, não ofereça petiscos, biscoitos, ou qualquer outra guloseima para seu cão, nesse período de treino.
12-                    Procure caminhar com seu cão para que ele se canse e sinta mais necessidade de repor as energias.
13-                    E o mais importante de tudo, tenha paciência e tolerância. Não caia nas armadilhas do seu cãozinho pedindo petiscos.


Seguindo corretamente as dicas certamente seu cão irá melhorar muito.

Qualquer dificuldade entre em contato com um adestrador que trabalhe na área comportamental para dar um suporte maior.



sábado, 11 de maio de 2013

Reflexões sobre o uso da termo Psicologia Canina – Psicólogo Canino – Por Ivan Chitolina



Reflexões sobre o uso da termo Psicologia Canina – Psicólogo Canino – Por Ivan Chitolina

No dia-a-dia ouvimos com freqüência o termo psicologia ser utilizado. Essa utilização possui diversos sentidos, sejam eles quando nos deparamos com um bom vendedor ou quando ligamos para um amigo que sempre nos ouve com atenção. Para um dizemos que ele usa de “psicologia” para vender seu produto e para o outro dizemos que ele é um bom ouvinte, portanto, seria um bom psicólogo. Seria essa a psicologia dos psicólogos? Não! Essa psicologia usada no cotidiano pelas pessoas tem a sua importância, porém, é denominada de psicologia do senso comum.  A psicologia dos psicólogos é a psicologia cientifica. No entanto, o que seria essa tal de Psicologia cientifica?
Sendo a psicologia uma de suas áreas, começarei explicando o que é ciência.
A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso através de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. Assim, podemos apontar o objeto dos diversos ramos da ciência e saber exatamente como determinado conteúdo foi construído, possibilitando a reprodução da experiência. O saber pode assim ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido.
Essa característica da produção cientifica possibilita sua continuidade: um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. Nega-se, reafirma-se, descobrem-se novos aspectos, e assim a ciência avança. Nesse sentido, a ciência caracteriza-se como um processo. Vale lembrar aos colegas adestradores que a teoria da dominância passou por esse processo, hoje ela serve como referência de como se pensava antigamente alguns aspectos do comportamento canino. Em outras palavras, ela se encontra no lixo do conhecimento histórico cientifico, assim como várias outras teorias de diversas áreas que ao longo do tempo também foram refutadas e descartadas como hipótese plausível.
Outro aspecto importante da ciência é que ela aspira a objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para, assim, tornarem-se válidas para todos.
Concluindo: a ciência deve ter um objeto especifico linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento e objetividade. Sendo assim, o processo de conhecimento cientifico supera em muito o conhecimento espontâneo do senso comum. Vamos agora a Psicologia propriamente dita.
Logos deriva do grego que por sua vez significa razão. Psico deriva do grego psyché que por sua vez significa alma. Portanto, etimologicamente, psicologia significa “estudo da alma”. A alma ou espírito era concebida como a parte imaterial do ser humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.
Na filosofia, os filósofos pré-socráticos preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Em Sócrates (469-399 a.C), a Psicologia na Antiguidade ganha consistência. Sua principal preocupação era com o limite que separa o homem dos animais. Desta forma, postulava que a principal característica humana era a razão. A razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos, que seriam a base da irracionalidade. Ao definir a razão como peculiaridade do homem, Sócrates abre um caminho que seria muito explorado pela Psicologia. As teorias da consciência são de certa forma, frutos dessa primeira sistematização na Filosofia.
Platão (427-347 a.C), discípulo de Sócrates procurou definir um “lugar” para a razão no nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça. A medula, portanto seria o elemento de ligação da alma com o corpo. Para Platão, a alma era separada do corpo.
Eis que surge Aristóteles (384-322 a.C), discípulo de Platão. Sua contribuição foi inovadora ao postular que alma e corpo não podem ser dissociados. Para Aristóteles, a psyché seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui sua psyché ou alma. Desta forma, os vegetais, os animais e o homem teriam alma. Os vegetais teriam a alma vegetativa, que se define pela função de alimentação e reprodução. Os animais teriam essa alma e a alma sensitiva, que tem a função de percepção e movimento. E o homem teria os dois níveis anteriores e a alma racional, que tem a função pensante.
Ele chegou a estudar as diferenças entre a razão, a percepção e as sensações. Esse estudo está sistematizado no Da anima, que pode ser considerado o primeiro tratado em Psicologia.
Seria interessante aos colegas adestradores, a leitura desse estudo.
2.300 anos antes do advento da Psicologia cientifica os gregos já haviam formulado duas “teorias”: a platônica, que postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do corpo, e a aristotélica, que afirmava a mortalidade da alma e a sua relação de pertencimento ao corpo.
Ora, as pesquisas em comportamento canino apenas começaram e mesmo assim os termos psicologia canina e psicólogo canino são amplamente difundidos no mercado.
Apoderar-se de termos que não são reconhecidos por nenhum instituto de pesquisa, onde não existem cursos de graduação de psicologia canina e tampouco nenhum que seja reconhecido pelo MEC, é no mínimo um equivoco, um auto-engano e uma pretensão nada humilde de quem os utiliza. Terapeuta canino existe, são os veterinários, eles sim são reconhecidos legalmente e eticamente pelos órgãos competentes, como aptos a realizarem terapias que auxiliem a saúde do cachorro. Portanto essa história de não ser treinador, mas sim um terapeuta canino, cabe aos veterinários afirmarem e não a treinadores desatualizados do show business. Por favor, caros colegas, assumam as suas identidades de adestradores (independente da modalidade de treino e atuação), e limpem as suas mentes de toda essa terminologia cool, que serve apenas para que o cliente sinta que está contratando um “psicólogo canino” e não um adestrador. Quem faz isso, presta um grande desfavor a profissão de adestrador. Um psicólogo em sua atuação, deve se basear em abordagem especifica, realizar supervisão com um psicólogo mais experiente e realizar a sua própria terapia. Isso, fora as especializações.
São condições exigidas pelo conselho de ética e pela metodologia cientifica da profissão, para que assim ele não cometa transferências que poderão prejudicar a relação terapêutica, bem como ele possa avaliar a sua atuação como profissional em cada caso atendido. Também existem procedimentos de registros específicos que devem seguir a metodologia cientifica da profissão. Com base nisso, eu gostaria de convidar algum “psicólogo canino” para que apresente o objeto de estudo da sua ciência, a metodologia cientifica da sua profissão e exemplifique como funciona o registro de seus atendimentos e os órgãos que validam a profissão e fiscalizam a mesma.
Há ainda quem afirme que existindo as matérias de Psicologia animal e Psicobiologia em faculdades de Biologia, Zootecnia e Veterinária, é prova de que a psicologia canina exista. Entender os mecanismos neuroquímicos e fisiológicos dos seres vivos e como esses mecanismos se dão no Sistema Nervoso Central e se manifestam com o meio e em comportamentos é o objeto de estudo de tais matérias. Essas matérias não definem o entendimento da psyché (alma) como seu objeto de estudo nos seres vivos. Já o “psicólogo canino” usa essa terminologia dando ênfase ao entendimento da psyché (alma) canina. Ora, não irei filosofar aqui se existe ou não alma, seja ela canina ou humana. Porém essa forma de atuação só tem eco no show-business, onde o que vende para o telespectador é o mistério, o encantamento, a pseudociência e soluções que parecem ser fáceis e rápidas de alcançar. O telespectador é leigo, entendo a ignorância dos mesmos, no entanto, me assusta treinadores terem esse conflito de identidade.
Por isso continuo afirmando, que a psicologia canina não existe. Hoje se têm mais pesquisas realizadas sobre a cognição canina e os sentidos caninos, por isso, não afirmo que em algum momento, um conhecimento como psicologia canina não possa ser aceito como definição de um saber e uma ciência. Porém, até lá, caros colegas, tem muito estudo, muita pesquisa a ser realizada.Vale aqui uma citação de parte do livro “Cão Senso” de Jonh Bradshaw, publicado pela editora Record –

Analisar a Inteligência canina não é simples. Assim como nunca poderemos saber precisamente como é o mundo interior da emoção canina, (e aqui acrescento, ele não produz cultura, partes importantes sobre o entendimento humano e a Psicologia), é provável que nunca estejamos certos de que os cães pensem do mesmo modo que nós. A ciência, até agora, tem sido incapaz de dizer-nos o quão conscientes de si mesmos os cães são, menos ainda de explicar se eles possuem qualquer coisa parecida com os nossos pensamentos conscientes. Isso não é surpreendente, já que nem os cientistas e nem os filósofos parecem concordar com o que seja a consciência humana, muito menos a dos animais. No entanto, é possível examinar, cientificamente, se os cães podem ou não fazer várias coisas e, depois, inferir os tipos de pensamentos que poderiam ter sobre isso, se tivermos em mente que, como cães, podem não ter as mesmas prioridades que nós (ou outros animais), teríamos na mesma situação”.

Concluindo, não serão adestradores com conflitos de identidade que irão validar esse saber, mas sim um corpo de pesquisadores com bagagem de conhecimento cientifico adquirido através de anos que irão nomear o termo adequado, podendo ser psicologia canina ou não, para um entendimento mais profundo sobre os cães.  
Um grande abraço a todos.


Ivan Chitolina – Adestrador Profissional (com muito orgulho dessa terminologia – Adestrador) e diretor do Centro de Treinamento e Hospedagem de Cães – Cão do Mato.


Bibliografia: “Psicologias” (Ana M. Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes T. Teixeira). Editora – Saraiva.






quinta-feira, 9 de maio de 2013

Raça: Dálmatas




Hoje vamos falar de uma raça muito popular, devido ao desenho 101 Dálmatas da Disney, não há uma pessoa que não conheça a raça, mesmo que não vemos aos montes pelas ruas!
Os Dálmatas são dotados de uma beleza exótica e diferente! Totalmente branco com pintas pretas ou fígado!
Eles têm muita energia e são considerados, cães de guarda, pois embora não sejam usualmente treinados para esse fim, eles são instintivamente desconfiados com estranhos e se não forem socializados quando filhotes, não costumam aceitar estranhos!

A SURDEZ

A surdez acomete em média 20% dos cães dessa raça! Estão associadas a problemas de pigmentação, tais como olhos azuis (um, ou ambos os olhos) e pigmentação incompleta em volta dos olhos e focinho. É determinada por um gene autossômico dominante assim é uma doença hereditária.  
Temos também a surdez unilateral que é quase impossível de perceber sem um exame que comprove tal fato e ela acontece em “qualquer dálmata”, por isso é necessário conhecer as gerações antepassadas do cão, olhar sua pigmentação, verificar com um teste apropriado a surdez, ver se suas pintas não tem nenhum pelo branco entre elas, etc.
A única forma de evitar a surdez é a criação responsável, os cães que tenham falta de pigmentação devem ser castrados, afim de que não sejam usados para reprodução!

DICA DA ADESTRADORA

-Exercícios para seu Dálmata são praticamente uma obrigação!
-Socialização quando filhote se faz necessário, para que o cão seja equilibrado!
-Seu Dálmata é surdo? Saiba que é possível adestrar um cão surdo, com facilidade, é possível treiná-los com comandos gestuais apenas, com laser, coleira que vibra, luz! Hoje em da não há desculpas para não educar seu melhor amigo! ;)

Boa Sorte com os peludos!

Ana Luisa Campos
Comportamentalista
Cão em Foco - Educação Canina

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Filhote Mandão, o que fazer???


Seu filhote manda em sua casa? Late quando leva bronca? Rosna se chega perto da ração? É pirracento e não gosta de ser corrigido?

Procure estabelecer regras!  Ou ele cumpre as regras ou não tem o que quer!

Filhotes assim, são de temperamento forte e precisam de regras! Você estabelece essas regras com controle de recursos! Os recursos que o cão “disputa” são: comida, água, atenção, objetos, dono e lugares (como o sofá por exemplo)!

Você deve mostrar que ele só terá o que quer se for obediente! Caso não seja, ignore-o completamente, não brinque e não de atenção, não importa quanto tempo ele passe latindo, ele vai cansar! Tenha perseverança e paciência!

Não corra atrás caso ele pegue algo que não pode, apenas ignore o comportamento, e redirecione o foco dele para alguma outra coisa, jogue uma bolinha para o lado oposto por exemplo, provavelmente ele largará seu objeto e correrá atrás do outro!

Hora da refeição é hora de obediência, esperar um senta antes de dar ração faz muita diferença, se seu filhote é possessivo e rosna quando come, não tenha medo da mordida de um cachorrinho filhote, por mais que os dentinhos são afiados, não vão causar uma ferida séria, coloque pouca ração e acrescente mais no pote cada vez q se aproxima, mostre a ele q você está ali para alimenta-lo e não para roubar a comida! Porem, cuidado para não reforçar o comportamento, não faça isso se ele estiver rosnando!

Seu filhote tem o costume de subir no sofá? Controle isso para que não vire uma obcessão, sempre tire seu filhote se você quiser se sentar e premie-o por tê-lo tirado do lugar com um petisco ou bolinha!

Não bata, isso destrói a confiança entre vocês, queremos que ele te obedeça por prazer e não por medo!

Se ele pula na sua perna, não se atenção, se ele passa a morder sua calça quando você o ignora, se retire do lugar, apenas agrade quando ele estiver calmo!

As formas corretas de correção abordamos num outro artigo : “como corrigir meu cão corretamente?” Tire suas dúvidas !
Caso tenha dificuldade em lidar com suas travessuras, contrate um profissional que trabalhe com métodos positivos para educa-lo a partir do terceiro mês de vida!

ANA LUISA CAMPOS
COMPORTAMENTALISTA
CÃO EM FOCO - EDUCAÇÃO CANINA

Seu cão come muito rápido? Saiba como resolver esse problema.


Cães que comem muito rápido podem demonstrar algumas características de personalidade como: ansiedade, estresse, competitividade e até mesmo carência afetiva.

Além dessas alterações o cão pode apresentar também distúrbios neurológicos no centro da saciedade, definido como alterações hipotalâmicas. O hipotálamo fica bem no centro do cérebro e além de muitas de suas funções também regula a fome e a saciedade.

Por apresentarem a personalidade mais competitiva cães com esse distúrbio alimentar são possessivos com brinquedos e querem atenção e carinho do dono o tempo todo.
Se você considera a carência de seu animal exagerada, fique de olho!

Outro motivo que pode estar levando o seu cãozinho a comer em grande quantidade e muito rapidamente é a Polifagia. Esse distúrbio alimentar é conhecido como fome excessiva juntamente com a ingestão exagerada de alimento, ou seja, é quando o animal come compulsivamente. 

Geralmente os cães que desenvolvem qualquer problema comportamental, voltado para a alimentação, convivem com mais animais no mesmo ambiente e necessitam impor sua posição no grupo. Nesse caso o cão precisa competir o tempo todo para ganhar atenção e carinho. É muito difícil um cão onde o dono não possui outro animal de estimação desenvolver esse distúrbio, porém pode acontecer, mas em uma escala bem reduzida.

É importante frisar que qualquer dessas características não condiz com a normalidade de um cão. Mesmo quem convive com vários cachorros pode usufruir de uma ótima relação entre eles, sem competitividade, desde que saiba lidar e reestruturar sua matilha.

Cães com compulsão por comida possuem problemas comportamentais sérios podendo se estender para problemas de saúde como já foi exposto no texto. Por esses motivos o trabalho deve ser multidisciplinar, entre veterinários e adestradores comportamentais, para alcançar um resultado satisfatório.

Para esse comportamento ser amenizado e até mesmo revertido é preciso que o dono modifique algumas atitudes na rotina do animal. Passarei 3 dicas importantes para a melhora do quadro, porém é de suma importância o acompanhamento presencial de um adestrador comportamental nesse caso.

1-    Primeiramente devem ser estabelecidos horários para as refeições. O cão com distúrbio alimentar comerá em média de 4 a 5 vezes ao dia, sempre nos mesmos horários. Com o passar do tempo reduz-se para 3 refeições e depois 2 ao dia (cães adultos sem distúrbio alimentar comem 2 vezes ao dia). Conforme a frequência das refeições for diminuindo a porção do alimento aumentará, seguindo sempre a quantidade indicada no verso da embalagem de ração. Após o cão terminar de se saciar o pote de ração deve ser retirado e reposto somente na próxima refeição. Cães com distúrbios alimentares devem comer mais vezes ao dia para evitar que fiquem com muita fome na hora da refeição. Quanto mais fome eles ficarem pior será o comportamento, por isso divida a porção da ração em várias refeições no decorrer dia.
2-    Donos que possuem mais de um cachorro, sendo que um deles apresenta esse distúrbio alimentar, não deve colocar toda a ração para o cão comer de uma só vez, conforme ele for comendo vá colocando mais ração no comedouro (respeitando a porção recomendada para a refeição), assim ele come pausadamente e não tem tempo de invadir o pote do outro cão, com o tempo diminua gradualmente até colocar a ração de uma só vez.
3-    Outra dica é utilizar comedouros próprios para cães que comem muito rápido, ou colocar comida dentro de brinquedos ocos ou ainda espalhar montes de ração para o cão demorar a comer. Assim ele brinca, exercita e alimenta ao mesmo tempo.

Importante frisar que esse é um problema físico e comportamental, portanto procure um médico veterinário e um adestrador comportamental para ajudar efetivamente no caso.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Entendendo a Origem dos Cães



Contrate quem realmente entende sobre cães!!!
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Os cães não são animais de origem natural, ou seja, eles não são animais que surgiram através da seleção natural entre espécies. Sendo assim somente resta uma forma de eles terem surgidos que foi através do cruzamento e seleção de filhotes diferentes de lobos feitos por humanos. Os filhotes eram selecionados através de sua aparência e/ou temperamentos variados para cada tipo de característica em que se queria do cão. Os mais afins e com características mais próximas de que se queria eram cruzados, por exemplo: para se ter a nova geração de filhotes mais mansos, cruzava-se dois filhotes mais mansos das ninhadas. Muitos cruzamentos eram consangüíneo o que resultou em muitas mutações de hoje como orelhas caídas, rabos em forma de espiral, excesso de pele... Isso são características de muitas raças de cães de hoje em dia. Provas de que isso ocorreu é que na década de 50 os soviéticos da ex URSS fizeram esse tipo de experiências com raposas e de fato através da seleção e dos cruzamentos selecionados, foi-se conseguindo filhotes cada vez mais parecido com cães, orelhas caídas, algumas manchinhas nos pelos (características como de dálmatas, por exemplo) começaram a surgir e filhotes mais mansos e amigáveis também. Alguns sabiam até brincar de pegar a bolinha.
Ok, sabemos como pode ter surgido os cães, mas como a interação homem/lobo começou?
É simples de se imaginar a cena. Humanos e lobos são animais sociais, ambos onívoros e  caçavam em bando. A mais de 100 mil anos na Ásia, diz-se que os lobos cinzentos e alguns chacais rodeavam os acampamentos dos humanos e se alimentavam de seus restos, pois por muitas vezes, dependendo da época do ano, os lobos sentiam dificuldades em caçar e se alimentavam do que tinha disponível. O homem notou que alguns deles se aproximavam mais do que deveria, provavelmente alguém ofereceu um pedaço de carne ou algo do tipo e o lobo (na maioria os lobos cinzentos) se aproximavam e aceitavam a comida oferecida. E assim provavelmente foi que a amizade começou a simbiose entre espécies diferentes (a única de que se têm notícia). Com o tempo, percebeu-se que eles eram úteis, pois eles davam alarme quando se aproximava alguém, e por ter essa relação de amizade os lobos acabavam defendendo os humanos de animais predadores. Notou-se que eles eram úteis na caça também e podem ter até mesmo auxiliado o homem a aprender a falar e deixar de ser o grande homem de Neandertal.
(Baseado na revista Nature de 18 de março de 2010).

domingo, 21 de abril de 2013

Faça você mesmo uma fonte para gatos





VOCÊ VAI PRECISAR DE:

-POTE DE RAÇÃO- De preferência de cerâmica (por manter a água mais fresca) ou alumínio (não acumula bactérias com o tempo, facilidade de limpeza), deve ser um pote fundo o suficiente para cobrir a bombinha de água.

-BOMBINHA PARA AQUÁRIO - Com ou sem filtragem, (pois a água deve ser sempre trocada sempre independente de ter filtragem) e deve ser pequena.

-ÁGUA SUFICIENTE - Para cobrir totalmente a bombinha, pois a mesma queima se não estiver submersa!

FAÇA VOCÊ MESMO

Após lavar muito bem o pote e a bombinha (sem usar sabão), grude a mesma no fundo do pote, encha de água até cobrir toda a bombinha, ligue a mesma na tomada, (regulando a força em que ela deverá jogar a água) deixe a bombinha funcionar por um tempo sem dar aos gatos, jogue essa água fora, encha novamente, ligue a bombinha e dê para seus gatos beberem!
SIMPLES E RÁPIDO!!
PS: Se possível faça mais de uma fonte para disponibilizar aos gatos e estimula-los a beberem mais água!

ANA LUISA CAMPOS
COMPORTAMENTALISTA
CÃO EM FOCO – EDUCAÇÃO CANINA
YOU TUBE: www.youtube.com/anacamposft